Há gatos a lutarem na rua.
Quando cheira a morte lá fora, há sempre um vento de lâminas que passa nos becos, há sempre um céu mais escuro, mais baixo, um céu que quase toca na lua que roça no prédio da frente. Ouvem-se gritos de gatos esfomeados, ouve-se o sangue a bater no chão e nas rodas dos contentores do lixo.
Quando cheira a morte lá fora, cheira a sono... em toda a cidade. Porque dormir sobre o assunto e escondê-lo debaixo do colchão... é sempre o melhor a fazer. Evitam-se chatices. Culpas.
Vidas.